Ila em Fatos #44

E mais uma participação do Ricbit neste mês de aniversário! hehe. Desta vez ele vai contar como foi a saga da vez que ele quase participou do No Limite!

"Isso foi em 2001. A produção do No Limite estava procurando uma pessoa com perfil nerd para participar do programa, e descobriu o lugar mais fácil de encontrar alguém assim era na USP. Mas chegando lá a batata quente foi refinando. "Nerd? Tem lá na engenharia". Depois foi "Nerd na engenharia? Tem lá na elétrica.". E por fim "Nerd na elétrica? Você precisa conhecer o RicBit".

Para participar da pré-seleção, uma das produtoras fazia uma entrevista com a câmera na sua frente. Entre as várias perguntas, eu casualmente mencionei que sabia de cabeça todos os 150 pokemons da época. Ela ficou espantada, mas eu expliquei era simples. Você melhora a retenção quando aumenta a redundância, e eu jogava em japonês. Então, para cada pokemon, eu sabia o nome em inglês, o nome em japonês, o desenho, os golpes, e o barulhinho que eles faziam. Como cada parte fica numa região diferente do cérebro, é mais fácil de memorizar. É o mesmo truque que você usa para memorizar kanji.

Mas tudo que ela entendeu foi "ESSE MENINO ESPALHA POKEMONS PELO CÉREBRO", e isso me garantiu uma visita ao projac para fazer a seleção final. Foi um dia inteiro de seleção, começava com uma entrevista com o Boninho, depois passava por psicológa, check-up médico, astróloga (eles nunca contratam um participante sem antes fazer o mapa astral dele), e a inevitável sessão com o advogado para assinar os papéis. Essa última era para ser dez minutos, acabou levando uma hora, porque eles nunca iriam imaginar que aquele menino iria LER as 150 páginas do contrato e ainda achar vários bugs nele.

Mas no final eu não fui selecionado. Eles não falaram o motivo, mas eu desconfio fortemente do teste de Rorschach na avaliação psicológica. Eles me falaram para descrever o que vinha à minha mente quando eu olhava para as pranchas, e logo na primeira prancha eu vi o Diabo, soltando um barro na privada, enquanto lia um jornal."