3º Semana - O Caminho do Artista

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Eu pintei uma batata recheada enquanto esperava meu pedido no Outback.

Na terceira semana, somos confrontados sobre a raiva que sentimos diante do sucesso alheio. Não é bem uma inveja (ok, talvez até seja), é mais como uma decepção voltada para nós mesmos. Um sentimento de “Viu só, sua vacilona, por que não fez isso também? Ah é, preferiu ficar no TikTok assistindo vídeos inúteis né?”

Julia Cameron diz: “Muitos artistas principiam uma obra, avançam com facilidade, e quando está perto do final, começam misteriosamente a acreditar que o trabalho não tem qualquer mérito. Que não vale a pena o esforço.”

Isso é um reflexo da autoproteção. Em tempos de internet, nós morremos de medo de sermos criticados, ignorados, ridicularizados, cancelados.

É por isso que muitas histórias nunca saem da gaveta, é por isso que bons quadrinhos são destruídos ou viverão para sempre apenas na nossa imaginação. É por isso que artistas podem sentir vergonha de admitir seus sonhos.

Isso me pegou, pois eu sempre minimizei minhas realizações. Nada parece o suficiente. Mesmo quando eu concluo um projeto, tenho reconhecimento e tal, não acho que seja grande coisa.

Este sentimento não necessariamente me impediu de acreditar no meu potencial, mas me impediu de acreditar na importância do meu trabalho. Que ela seria importante para outras pessoas além de mim.

Como artistas precisamos criar ambientes seguros para que nossa criança artista interior sinta a vontade de se expor, sem medo.

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