7º Semana - O Caminho do Artista

Recortar revistas para uma das tarefas, me levou de volta para a infância dos anos 90.

“A racionalização é inimiga da originalidade na arte” é o que diz o sétimo capítulo do livro.

Tenho pensado muito sobre como o perfeccionismo se infiltrou no meu trabalho, me impedindo de criar, sufocando minha espontaneidade.

É a insegurança, muitas vezes disfarçada de perfeccionismo, que me impede de dar este salto criativo. Muitas pessoas podem pensar que ser exigente é uma qualidade, mas o perfeccionismo não é uma busca pelo nosso melhor, é uma busca pelo nosso pior. Aquela parte cruel que nos diz que nada do que fazemos é bom o bastante.

Quantas vezes me encontrei evitando riscos por medo de me frustrar? “Se não vai ficar bom, nem vou começar!” eu penso, matando uma ideia antes mesmo dela ter a chance de ir pro papel. Me mantendo presa aos limites que eu mesma criei, para me sentir “segura”. E esta falsa segurança acabou se tornando uma ilusão reconfortante, afinal, é mais fácil reclamar do que criar, né? Mas esse comodismo é caro demais, e está me sufocando, enfraquecendo minha criatividade e me prejudicando em outras esferas da vida.

Talvez seja hora de me desafiar. Abraçar as imperfeições e os erros. Talvez seja hora de dar um salto, não importa quão pequeno seja. Um pequeno projeto talvez, não precisa ser nada grandioso, apoteótico, apenas uma pequena declaração de compromisso com meu eu artístico.

E como diz aquele ditado: “Começar é metade de toda ação”.